Exemplo

Viajei para a Bélgica a convite da eurodeputada Marisa Matias, em conjunto com um grupo de doze alunos da Escola Secundária Eça de Queirós, em Lisboa (e outras escolas nacionais, incluindo uma de crianças com necessidades especiais). O alvo principal: Bruxelas e o Parlamento Europeu. Os alvos secundários: Antuérpia e Bruges, duas cidades belgas, extremamente diferentes uma da outra. Parti do Aeroporto da Portela no dia 30 de janeiro, por volta das 7h15, após pernoitar numa casa totalmente desconhecida, uma vez que vivo a mais de 80 quilómetros da capital.

Chegámos a Bruxelas ainda de manhã, onde pudemos fazer um primeiro reconhecimento a cidade e da cultura dos seus habitantes. As ruas estavam repletas de turistas que deambulavam tal como nós, em busca dos pontos de interesse geral. O ambiente era, tipicamente, o de uma cidade de negócios e de grandes empreendimentos, contrastando com o ar pitoresco de Bruges e a aparência mais citadina de Antuérpia.

Na Bélgica fala-se francês, alemão, flamengo (Vlaams), inglês… e pouco português. A maioria prefere as bicicletas aos carros. Os funcionários públicos são dotados de um bom-humor e de uma boa disposição, envolvendo-nos num clima amigável. Os transportes públicos estão sempre cheios. Os comboios (le tram) possuem metros e metros de carruagens, que desvanecem ao longo da linha ferroviária, aparecendo e desaparecendo minuto a minuto. O clima é típico dos países do norte da Europa: frio mas sem vento, dando uma ideia de um ambiente gelado e seco. Três graus celsius em Bruxelas são o prato do dia, correspondendo, em grau de conforto, a uns moderados dez graus em Portugal. Os choques térmicos parecem não ter importância para os habitantes daquela zona, que permanecem de ar condicionado ligado (no quente) e, paradoxalmente, de portas abertas.

Por outro lado, Bruges possui uma tonalidade épica e avermelhada, muito por causa aos grandes edifícios, torres e catedrais, revestidos a pequenos tijolos de barro vermelho.