Exemplo de conto.
Criava em sua mente um futuro onde o paraíso era terreno, e nesse lugar, dor, só quando uma das crianças da vizinhança caía de sua bicicleta sem rodinhas.
Em seus pensamentos enquanto acordada, ela se perguntava o que era necessário para chegar nesse futuro, onde o viver era celebrado à cada manhã, e as grandes discussões, no máximo eram para decidir qual filme ver naquele domingo à noite.
Um dia, ela concluiu que, prever,criar e sonhar com esse futuro era o primeiro passo para alcança-lo. Afinal, cria-lo significava fabrica-lo com as próprias mãos. Simplesmente fabrica-lo com suas ações, pois mesmo com catorze anos, ela sabia que se não tentasse algo, não poderia chegar a seus sessenta bem consigo mesma.
Ela não aceitaria ter tomado o caminho mais fácil, rápido, curto e o mais óbvio; Clarice sabia que o mais importante era arriscar. O “tentar” é o que move o mundo, e por que não começar com ela a mudança do mesmo?
Cabe a cada um tomar suas escolhas, pois cada uma pode ser considerada uma “pequena revolução”, e o futuro, por mais clichê que isso seja, a gente faz agora.
No começo, pode parecer assustador tomar a atitude de começar sua própria revolução, tirar os sonhos do papel é algo que realmente deve ser temido. Pois, para algo mudar, você precisa de coragem. Coragem para ser tachado de louca, sonhadora ou infantil. Sempre haverão pessoas que tentarão te derrubar, desaprovarão suas ideias como divertimento. Essas, já foram tomadas pelo conformismo e comodismo, desaprovando o novo e temendo o incerto.
Cada um tem seus sonhos, é o mais importante em nossa vida. Um homem sem objetivos é um homem vazio, que desperdiça sua vida por aceitar as coisas de forma não questionadora.
Após todos esses pensamentos, naquela manhã de Abril, Clarice acordou mais cedo, tomou seu banho, se arrumou, colocou seus óculos e pegou sua mochila. Na pequena mala, uma câmera, seu bloco de notas e algumas canetas