Exec. Gestão de Pessoas
UNB de Planaltina-DF - FUP
Fichamento Individual
Ecologia de saberes: na direção de um novo paradigma cientifico
O trabalho aborda de forma extremamente criativa o tema da inclusão social na universidade por meio da análise de experiências realizadas na Unemat, que apontam para a democratização do acesso (inclusão de pessoas) e também da inclusão de saberes no ensino superior, a partir de demandas da sociedade e da articulação de redes heterogêneas de atores, entre os quais se destacam os movimentos sociais de professores, indígenas e do campo.
A pesquisa envolveu diversas entrevistas com atores-chave e visita a escolas de aldeias indígenas. Esses projetos estão não só alterando as formas tradicionais de se realizar cursos de graduação, mas também as formas de se produzir e socializar conhecimentos, aproximando a instituição das necessidades e do cotidiano desses integrantes e suas comunidades. Essas experiências utilizam a metodologia da alternância, e os projetos de pesquisa dos alunos envolvem a solução de problemas das comunidades, ou seja, a realização de pesquisa-ação, o que implica a adoção de um modo de produção e socialização do conhecimento, situadas num contexto de aplicação.
A pesquisa-ação e a ecologia de saberes transcendem a atividade de extensão na universidade, uma vez que tanto atuam ao nível desta, como ao nível da pesquisa e da formação. Para
Boaventura dos Santos (2004:75-81)17: “A pesquisa-ação consiste na definição e execução participativa de projetos de pesquisa, envolvendo as comunidades e organizações sociais populares a braços com problemas cuja solução pode beneficiar dos resultados da pesquisa”. A ecologia dos saberes é um aprofundamento da pesquisa-ação. “obrigar o conhecimento científico a se confrontar com outros conhecimentos para, assim, rebalancear aquilo que foi desequilibrado na primeira modernidade, a relação entre ciência e prática social”.
A capacidade de articulação das universidades