EXCETO:
As discussões sobre gênero muitas vezes se confunde com a questão da sexualidade. Na verdade, existe sim uma relação entre sexo e gênero, porém não se reduz a esse campo.
Todos nós nascemos com o sexo definido, homem ou mulher, que podemos comprovar através de exames de DNA ou simplesmente pela verificação dos órgãos genitais. Portanto isso é um fato, somo homens ou mulheres e isso não pode ser mudado, mesmo que a pessoa faça uma cirurgia de mudança de sexo, o seu DNA continuará o mesmo.
Agora, o gênero feminino ou masculino não é algo pronto, acabado e definido tal como o sexo. O gênero é uma construção social. A sociedade que determina aquilo que diferencia homens e mulheres. Elementos tais como: vestimenta, modo de falar, gestos, profissão, entre outros.
São símbolos criados pela sociedade para definir homens e mulheres, que muitas vezes não tem nada a ver com os corpos sexuados, por exemplo: homens não usam rosa, mulheres não dirigem bem.
As discussões em torno das relações de gênero surgiram no interior dos movimentos feministas nos anos de 1960, pois as mulheres eram colocadas até então em um nível abaixo na hierarquia da sociedade. Ou seja, confundia-se sexo e gênero.
Vamos pensar no quadro: ao nascer o bebê e, verificado seu órgão genital e confirmado que se trata de uma menina, já se estabelecia que ela deveria ser no futuro uma dona de casa, cuidadora do marido e dos filhos, que não precisava estudar, pois não iria seguir uma carreira profissional, que teria que obedecer ao marido, que não poderia dirigir, etc.
Revoltadas com essa situação, as feministas começaram a lutar pela igualdade de direitos, demonstrando que o sexo não define a inteligência, a competência, as habilidades. Se as mulheres ainda se encontravam em uma situação de submissão é porque a sociedade construiu isso. A sociedade criou uma hierarquia definida pelo sexo.
Muita coisa mudou até os dias de hoje, as mulheres já se encontram no poder, são cientistas,