EXAME DO JOELHO
Jefferson Soares Leal
O joelho é a maior articulação do corpo e está localizado entre os dois maiores ossos do aparelho locomotor, o fêmur e a tíbia. É uma articulação vulnerável a lesões traumáticas especialmente durante as práticas desportivas. O exame físico permite o diagnóstico de várias condições patológicas traumáticas e não traumática.
Inspeção
Na inspeção observa-se o alinhamento, a presença de derrame, edema, equimoses, atrofias musculares, deformidades e alterações dinâmicas. Na observação anterior o geno varo e o valgo podem ser observados. Essas deformidades podem ser agravadas na fase de apoio durante a marcha (alterações dinâmicas). O alinhamento patelar é avaliado observando o ângulo Q, que é o ângulo formado entre uma linha imaginária que passa longitudinalmente pelo tendão patelar e outra traçada da espinha ilíaca ântero-superior passando pelo centro da patela. Este ângulo superior a 20º é considerado aumentado e pode ter relação com as disfunções da articulação femoropatelar.
Nos eventos traumáticos agudos podem ser notados derrame articular, escoriações, edema e equimoses. Na observação lateral podem ser investigados o geno recurvado e a deformidade em flexão. Na visão posterior do joelho uma tumoração na fossa poplítea pode indicar cisto de Baker.
Fig. 281.144- Geno valgo fisiológico em criança de três anos.
Fig. 281.145- Geno Varo.
Fig. 281.146- Ângulo Q.
Fig. 281.147- Cisto de Baker.
Mobilização
Os movimentos do joelho são a flexão, a extensão e as rotações medial e lateral.
Normalmente o joelho permite até 135º de flexão, 0 – 10º de extensão, 10º de rotação medial e 10º de rotação lateral (Figura 281.1). Os movimentos são testados de forma ativa e passiva. Durante os movimentos ativos, deve-se observar o deslocamento da patela, se livre e suave; a amplitude dos movimentos; a presença e a localização de dor e se há fatores limitantes à movimentação. Deve-se notar se a patela apresenta movimento suave do início ao