Evolução urbana maurício abreu

“... o Estado veio a acelerar o processo de estratificação espacial que já era característica da cidade desde o Século XIX, contribuindo assim para a consolidação de uma estrutura núcleo/periferia que perdura até hoje.” (Abreu, 2008, p. 73)
4.3.1 O Período Carlos Sampaio
Logo após assumir o cargo o prefeito Carlos Sampaio realizou o desmonte do Morro do Castelo “em nome da aeração e da higiene”. (Abreu, 2008). O Morro foi uma das primeiras ocupações da cidade, mas se tornou em local de moradia de famílias pobres, que se beneficiavam dos baixos valores de aluguéis devido as antigas construções. Situava-se na área de maior valorização da cidade a Av. Rio Branco, “... daí porque era preciso eliminá-lo não apenas em nome da higiene e da estética, mas também da reprodução do capital.” (Abreu, 2008, p76).
Além do Morro do Castelo e do bairro da Misericórdia, outras duas áreas residências proletárias próximos a ele também sumiram da área central que haviam resistido a Reforma Passos. Mais uma vez o poder público realizou um processo depuração da área central de usos e populações não desejadas, provocando um aumento do valor das terras urbanas no centro da cidade que não permitia a permanência da população de baixa renda.

4.5 O Plano Agache
O Plano Agache se constitui como “... exemplo mais importante a tentativa das classes dominantes da República Velha de controlar o desenvolvimento da forma urbana carioca, já por demais contraditória.” (Abreu, 2008, p. 86)
O Plano nunca foi implantado na íntegra, mas teve algumas ações postas em prática. A tentativa de zoneamento da cidade, pretendia transformar a cidade do Rio de Janeiro numa cidade monumental. “Resumidamente, o Plano pretendia ordenar e embelezar a cidade segundo critério funcionais e de estratificação social do espaço.” (Abreu, 2008, p. 86). Pretendia subdividir o centro da cidade em áreas funcionais, os bairros da Zona Sul seriam destinados a classes abastadas, que deveriam se transformar em “cidade-