Evolução humana
Uma das diferenças mais importantes entre o ser humano e os demais primatas é a capacidade caracteristicamente humana de se apoiar e locomover apenas sobre os membros posteriores (gorilas, chimpanzés e outros símios são incapazes de andar sobre dois pés por períodos prolongados), deixando as mãos livres para segurar e manipular objetos (recolher e transportar alimentos e filhos, pegar pedras e galhos capazes de funcionar como armas, manusear instrumentos delicados de trabalho, etc).
Essas diferenças podem ter sido vantajosas quando os ancestrais do ser humano desceram das árvores e foram viver nas savanas da África. As articulações do braço permitem lançar objetos com boa velocidade, e o polegar em oposição aos outros dedos facilita a preensão e a manipulação de objetos.
A inteligência pode ter evoluído, com a capacidade de manejar ferramentas e objetos, como uma adaptação à caça nas savanas africanas (o assunto ainda é muito discutido). Enquanto na espécie humana o volume médio do cérebro é de 1 350 cm3, no chimpanzé atinge no máximo 500 cm3 e no gorila, apesar de todo o tamanho desse animal, no máximo 750 cm3.
Outra característica importante da espécie humana - também presente em muitos primatas - é a forte tendência a viver em grupo, o que deve ter facilitado a defesa contra predadores e também a caça de herbívoros grandes e rápidos. Convém notar que a caça só poderia ter sucesso se fosse planejada e orientada por um cérebro bem desenvolvido, que memorizasse os hábitos das presas e planejasse estratégias. A vida em sociedade permitiu também a transmissão de informações úteis às novas gerações.
A transmissão de conhecimentos e a conseqüente evolução cultural só tiveram êxito em virtude de uma linguagem extremamente desenvolvida, com um complexo sistema de símbolos, capaz de comunicar um número infinitamente variado de informações.
Primeiros hominídeos
Embora seja considerado um possível ancestral direto da espécie