evolução geologica de Portugal
0 MACIÇO ANTIGO representa, só por si, cerca de dois terços do território e corresponde a parte de um antigo soco compreendendo, essencialmente, terrenos Precâmbricos e Paleozóicos. Encontra-se localmente coberto por depósitos detríticos discordantes de idade Terciária e Quaternária, cuja espessura não ultrapassa os 200-300 metros.
Nos finais da orogenia Hercínica, o Maciço Hespérico foi recortado, no decurso de dois importantes episódios, por uma densa rede de fracturas. 0 primeiro deles originou fracturas com orientação NNE-SSW e um sistema conjugado NNW-SSE. 0 segundo originou fracturas com orientação aproximada E-W, as quais estão, algumas vezes, preenchidas por filões de rocha básica.
Nesse maciço podem definir-se zonas com características paleogeográficas, tectónicas, metamórficas e plutónicas distintas, muitas vezes separadas por importantes acidentes cavalgantes. No sector ibérico as estruturas têm direcção predominante NW-SE.
Zona Cantábrica
Constitui um empilhamento de sedimentos com facies dominantemente nerítica. 0 limite ocidental desta zona é uma fractura cavalgante maior.
Zona Oeste Asturiana-Lionesa
Esta zona foi afectada por metamorfismo regional do tipo baixa-intermédia pressão.
Intercalados na formação vulcano-detrítica conhecida por "Ollo de Sapo" ocorrem mármores com interesse ornamental (mármores de Vimioso).
Zona Centro-Ibérica
Caracteriza-se pela ocorrência de uma espessa sequência do tipo flysch (Precâmbrico Superior a Câmbrico) chamada Complexo Xisto-Grauváquico, sendo os quartzitos da base do Ordovícico discordantes em relação àquela. Sobrepondo-se aos quartzitos ocorrem rochas xistentas, por vezes ardosíferas, as quais têm interesse ornamental (por exemplo, ardósias de Valongo). 0 intenso magmatismo originou, sobretudo, granitóides das séries alcalina e