Evolução da contabilidade
A contabilidade é tão antiga que alguns historiadores relatam indícios de atividades comerciais a aproximadamente 4.000 a.C. Contudo, antes disso, o homem primitivo já estava praticando uma forma rudimentar de contabilidade, ao inventariar o número de instrumentos de caça e pesca disponível, ao contar seus rebanhos, etc. É visível identificar que essas práticas contábeis rudimentares eram feitas como parte da cultura, entretanto, a preocupação com as propriedades e a riqueza fez com que o homem tivesse de ir aperfeiçoando seu instrumento de avaliação da situação patrimonial à medida que as atividades foram desenvolvendo-se em dimensão e em complexidade.
Oliveira e Nagatsuka apud Feital (2012) afirmam que:
“Alguns pesquisadores afirmam que o início das práticas relacionadas com o controle das contas data mais de mil anos antes de Cristo. Para outros, tais preocupações são tão velhas quanto à humanidade. Para mensurar, avaliar, e controlar seus bens pessoais desde os tempos remotos, os reis, faraós, comerciantes, agricultores, etc; utilizavam técnicas de registros, o que pode ser entendido como o início da contabilidade como hoje é conhecida.”
Com o desenvolvimento cultural, social e econômico, foi que a contabilidade passou a evoluir. No período do Renascimento Cultural, surge a figura do Frei Luca Bartolomeu de Pacioli, considerado um dos mais estudiosos da época, e que se consagrou como uma das maiores mentes de seu tempo, e tornou-se conhecido como “pai da contabilidade”.
Marion (1986,p.98) faz uma análise da evolução histórica da contabilidade e identifica que em 4000 a.C fazia-se somente a contagem da riqueza. Já em épocas mais recentes, a partir do século XV d.C, foram introduzidos os lançamentos contábeis. Percebe-se que, a importância era dada apenas aos ativos, e passou a ser também dada aos passivos do patrimônio, ou seja, começou a visão não apenas dos direitos, mas também das obrigações geradas