EVOLUÇÃO CLÍNICA DAS CRIANÇAS PORTADORAS DE ANEMIA FALCIFORME: UMA ABORDAGEM DESCRITIVA
1396 palavras
6 páginas
EVOLUÇÃO CLÍNICA DAS CRIANÇAS PORTADORAS DE ANEMIA FALCIFORME: UMA ABORDAGEM DESCRITIVAAbreu, DAS1
Pereira, JR2
Barros, LAA3
Meneses, MR4
Sousa, FGM5
Introdução: A Doença Falcêmica é uma doença genética inflamatória de maior prevalência mundial e a que apresenta maior gravidade clínica e hematológica. É uma condição crônica permeada por episódios agudos que alteram a qualidade de vida da criança e acarretam elevada morbidade e mortalidade infantil. É uma doença comum na raça negra e no Brasil, devido a diferentes origens raciais e diversificado grau de miscigenação é um agravo de saúde de com alta prevalência. Pela prevalência e gravidade do quadro clínico e as repercussões na qualidade de vida das pessoas a doença é caracterizada como problema de Saúde Pública que exige intervenções eficazes tanto para o controle da doença como para a redução dos casos. Segundo estimativa da Organização Mundial de Saúde (2005) 5% da população mundial é portadora do gene para hemoglobinopatias, o que pode representar aproximadamente 300.000 de crianças com alguma hemoglobinopatia. Estima-se que existam no Brasil cerca de 25 a 30 mil portadores de Doença Falcêmica (ZAGO, 2007) e segundo o Ministério da Saúde 25% delas não irão completar cinco anos de idade devido a complicações relacionadas diretamente à doença e os 75% restante apresentará redução acentuada do rendimento escolar (DUCATTI et al., 2001) devido à morbidade causada pela doença. Os estudiosos referem que a mortalidade gira em torno dos 5 anos de idade em 25 a 30% dos casos devido a infecções fatais, seqüestro esplênico ou crises aplásticas (DI NUZZIO, FONSECA, 2004). Entre as manifestações clínicas mais típicas da anemia falciforme podem ser mencionadas a anemia hemolítica crônica, as crises álgicas decorrente da oclusão da microvasculatura com isquemia tecidual, a vasculopatia cerebral, a insuficiência renal, pulmonar e cardíaca (ZAGO, 2007). Frente à gravidade da doença falcêmica, o Ministério da Saúde