Eutanásia e Ortotanásia relacionadas ao Utilitarismo de Bentham e John Stuart Mill
O Utilitarismo, teoria criada por Jeremy Bentham e consequentemente desenvolvida por John Stuart Mill, foi uma filosofia que defendia a maximização do prazer e diminuição da dor. Essa doutrina sistematiza o princípio da utilidade como principal fator das ações. Insiste que devemos priorizar o bem-estar de todos, uma felicidade geral, a coletividade. Até por isso ganhou milhares de adeptos em diversos países, que construíram códigos com base nesses conceitos. Obviamente há críticas que devem ser avaliadas nesta teoria. A principal delas é a pouca voz que as minorias teriam caso o utilitarismo fosse usado sem precedentes. John Stuart Mill ainda faz ressalvas, dizendo que as minorias devem ser respeitadas para que, em longo prazo, a felicidade geral exista. Ele entende que é necessário defender as minorias e, com isso, mesmo sendo utilitarista, nega um princípio inicial e fundamental de Bentham que é priorizar a utilidade (pelo menos a curto prazo, visto que Bentham não discute a questão de ser bom ou ruim que defendamos as minorias e a maximização do prazer não seja feita). É em cima dessa característica do utilitarismo básico, de defender essa maximização do prazer e diminuição da dor, que discutiremos a eutanásia e a ortotanásia no Brasil. A eutanásia tem como conceito a abreviação da vida de uma pessoa com doença incurável e em estado de sofrimento grave com uma conduta ativa. Já a ortotanásia tem como conceito a abreviação da vida de uma pessoa com doença incurável e em estado de sofrimento grave com uma conduta passiva, como, por exemplo, ao se abster de ou interromper o emprego de recursos para a manutenção artificial das funções vitais do enfermo terminal, mantidos tratamentos paliativos. Recentemente, nesse ano de 2012, a ortotanásia, antes proibida ou dificilmente liberada, foi permitida para uso no Brasil. Os médicos, com autorização do doente ou da família, podem