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Na escola, a convivência diária entre os alunos possibilita diferentes aprendizagens, as quais favorecem a socialização e internalização de novas crenças, novos comportamentos, novas formas de relacionamentos, como também a vivência com outras culturas e experiências em torno de diferentes aspectos, dentre eles, a sexualidade.

A sexualidade é uma construção social muitas vezes regada a controvérsias e polêmicas, dessa forma, as polêmicas geradas em torno da temática da sexualidade são baseadas geralmente em conceitos religiosos, crenças, tabus, preconceitos; que, muitas vezes, dificultam a ação do professor na escola diante das manifestações da sexualidade.

Uma vez que a escola tem como função a transmissão de conhecimentos científicos, bem como, o desenvolvimento integral do indivíduo, a mesma não deverá omitir-se diante das perguntas, dúvidas e manifestações da sexualidade ocorridas nas salas de aula, nos pátios e nos corredores. Cabe ao professor(a) problematizar tais questões, considerando que cada indivíduo carrega consigo as vivências do contexto social no qual esta inserido, inclusive as vivências sexuais.

Assim, a maioria das atividades pedagógicas desenvolvidas pelas escolas, no que se refere à sexualidade, segue um enfoque tradicional, fundamentado num referencial biológico que privilegia a promoção da saúde sexual, a prevenção de gravidez e doenças sexualmente transmissíveis. Ou seja, as abordagens utilizadas limitam-se a conscientização, caracterizadas por palestras proferidas profissionais da saúde.

Dessa forma, há uma falha por parte da escola no cumprimento de seu papel enquanto instância formadora do cidadão na abordagem da sexualidade, visto que, os professores não estão capacitados para esta tarefa. Muitos docentes tem dificuldade em discutir a sexualidade em sala de aula, alguns “temem” pela incompreensão dos pais ou responsáveis, outros pela falta de conhecimento e formação para falar sobre a

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