Eugenia, raça e cultura O documentário Homo Sapiens 1900, nos mostra a partir de fotos e pequenos filmes como a Europa no final do século XIX e começo do século XX, defendia a eugenia e a limpeza racial como formas de aperfeiçoar a espécie humana e criar um novo homem. A eugenia era dividida em dois tipos, a eugenia negativa, que consistia no impedimento da reprodução de seres que eram considerados inferiores, e a eugenia positiva, onde o objetivo era aumentar a quantidade de pessoas que se acreditava ter as características desejáveis para o alcance de uma raça superior. Os grandes responsáveis pela dispersão dessa prática cruel na Europa, Estados Unidos e URSS foram médicos e biólogos que acreditavam na eficácia da eugenia. A aceitação dessa terrível prática pela população desses países, fez com que a eugenia passasse a fazer parte da cultura deles. A parte “menos culta” ou “alienada” da grande massa populacional fechou os olhos para o que estava acontecendo ao seu redor. Na década 1940 surge Hitler, que através da prática da eugenia acreditava que poderia formar uma raça ariana, totalmente livre de impurezas. A Alemanha é o primeiro entre os grandes países do mundo a promulgar uma lei moderna de esterilização eugenista para a nação como um todo. Essa crença na necessidade de purificar a raça alemã culminou na eutanásia de milhares de pessoas deficientes e no assassinato de outras tantas que não se encaixavam no padrão de “perfeição” de Hitler. Portanto a eugenia é uma aplicação errada da ciência, apesar de ser considerada, pelas pessoas que a praticavam um desenvolvimento científico. A eugenia é também um exemplo bastante claro de que a ambição do ser humano pode acabar por destruí-lo, neste caso, destruiu a vida de outros. Vale ainda, ressaltar que um ato não repudiado por nós hoje, já fez parte da cultura de muitos países.
Fundação Oswaldo Aranha
UniFOA – Centro Universitário de Volta Redonda