Etnocentrismo
ETNOCENTRISMO
PROFESSOR
ETNOCENTRISMO
Etnocentrismo é a análise do mundo utilizando o grupo de quem faz a análise como referência, sendo os outros grupos pensados e sentidos do ponto de vista comparativo com os modelos e definições do que é a existência do referencial. O etnocentrismo mistura elementos racionais e sentimentais, assim podendo ser dividido em dois principais aspectos – sentimento e pensamento. Deste modo, a essência do etnocentrismo pode ser descrita como a busca por explicações acerca das formas, os caminhos e razões, pelos quais tantas e tão profundas distorções se perpetuam nas emoções, pensamentos, imagens e representações. Nessa forma de análise de mundo, há evidenciada a experiência de um choque cultural, tendo de um lado o “eu” ou o “nosso” e do outro lado o “outro”. Esse choque gerador do etnocentrismo nasce na constatação das diferenças grosso modo, sendo a diferença ameaçadora por ferir a identidade cultural. O monólogo etnocêntrico sendo o grupo do “eu” faz da sua visão a única possível ou, mais discretamente se for o caso, a melhor, a natural, a superior, a certa. O grupo do “outro” fica como sendo engraçado, absurdo, anormal ou inteligível. O etnocentrismo julga o valor da cultura do “outro” nos termos da cultura do grupo do “eu”. Na maioria das vezes isso implica uma apreensão do “outro” de forma bastante violenta. Negamos àquele o mínimo de autonomia necessária para falar de si mesmo. Alguns livros colocavam que os índios eram incapazes de trabalhar nos engenhos de açúcar por serem indolentes e preguiçosos. Fora dos seus contextos culturais, como um povo ou uma pessoa trabalha como escravo com satisfação e eficiência? Como o “outro” é alguém calado, a quem não é permitido dizer de si, apenas imagem sem voz, manipulado de acordo com desejos ideológicos, o índio é, para o livro didático, apena uma