Etica
Ética profissional, empresarial e responsabilidade social das empresas
Fábio Henrique Ferreira de Albuquerque
TOC n.º 84 659
Mestrando em Auditoria pelo
ISCAL
Começamos este trabalho por distinguir honestidade de ética, confusão habitualmente verificável.
Em consulta ao Dicionário da
Língua Portuguesa, ficamos de imediato a saber que a primeira advém do latim, enquanto ética divide a sua origem entre esta última e a língua helénica.
Honestidade define-se como a
«qualidade do que age com rectidão, de acordo com a verdade; seriedade; probidade», ou ainda «característica daquele que é sincero, e em quem se pode confiar; lealdade.» Ética, por sua vez, disciplina consagrada no campo da filosofia, tem o seu significado expresso como a «disciplina que procura determinar a finalidade da vida humana e os meios de a alcançar, preconizando juízos de valor que permitem distinguir entre o bem e o mal.» Desta forma, diz respeito à «ciência da moral
», regulada por «princípios morais por que um indivíduo rege a sua conduta pessoal ou profissional.»
Honestidade é uma qualidade pessoal, e por isso mesmo mutável. Podemos agir com honestidade ou não em determinado momento. Ou dito de outro modo: seremos honestos ou não em determinadas circunstâncias e, invariavelmente, não o seremos sempre – de acordo com a moral própria que nos regula. Ética, por seu turno, é representativa de um conceito mais alargado e com menor carácter de imutabilidade. Em síntese, caberá aqui a máxima comummente utilizada segundo a qual «quem é ético age com honestidade.» No que toca à distinção entre ética e moral, autores como Ackoff (1994, 55) sugerem para aquela uma maior amplitude, nas seguintes linhas: «(…) a ética lida com princípios que ultrapassam a própria sociedade, que são pensados para ser aplicados a todos, independentemente da sociedade
a