etica
Dr. João Inácio Kolling
Apresentação
É possível que a Ética não se encontre num patamar dos mais bem conceituados e num status de urgência das grandes inquietações humanas. No entanto, parece evidente que sem novas luzes efetivas no campo das relações humanas, corremos risco muito grande de ficarmos apenas como a memória dos dinossauros, isto é, não nos entendemos a nós mesmos, não nos damos com os outros e destruímos as condições de vida no planeta.
Um ditado popular diz que Deus perdoa sempre, que as pessoas perdoam de vez em quando, mas, que a Natureza não perdoa nunca. É possível que a valoração de certos procedimentos humanos, tidos como fontes de prazer, de felicidade, de valor, de veracidade e de utilidade, não estejam sendo suficientes para ultrapassar a dificuldade que encontramos a fim de nos entender, para nos amar e para lidar, da mesma forma, com a Natureza.
Sensibilizar-nos em torno de algo que possa alargar os sonhos de uma vida, cuidada de múltiplas formas, será certamente uma tarefa que vai fazer bem a nós mesmos e a outras pessoas. Por isso, é de real importância conhecer o passado da normatividade ética, as tendências do nosso tempo e o que é fundamental na legislação ética: uma atenção maior à vida. Enquanto as religiões que poderiam ser os porta-vozes mais destacados para apresentar regras de boa relação entre os seres humanos, emerge do fanatismo de muitos de seus representantes o maior medo de degradação, tanto das relações com as pessoas quanto as que se fazem necessárias com a natureza, pois, instigam iminências de guerras. Entretanto, na medida em que procuram religar os seres humanos com as instâncias superiores do âmbito de
Deus, é de se esperar que delas ainda possam aparecer esperançosas pistas para o bom entendimento humano, ao lado das outras múltiplas inquietações por melhor entendimento humano. 1. Conceitos de Ética
É comum que pessoas indignadas com uma situação constrangedora, causada por