Etica
Platão: ética da transcendência
I. Contexto geral da filosofia de Platão
A ética nasce com os temas centrais, nunca esgotados, do bem, da virtude, do valor da pessoa e da sociedade justa. Esta é a pregação ética e política que Platão, na idade de 20 anos, ouviu e aprendeu do mestre Sócrates. Nasceu no sociopolítico decadente, nas praças diante das negativas situações de vivencia do mestre.
Em 399, “o homem mais sábio e mais justo de seu tempo” foi condenado à morte por causa de suas ideias filosóficas. Toda a filosofia de Platão é um processo de educação para a justiça, o estado bem ordenado, este de sua obra central, A República. Portanto, este é o cenário de gestação da ética e a política do Ocidente.
A semente socrática caiu em terra fértil, na alma de Platão, que a cultivou e a fez render, obra dos Diálogos. E nunca se afastou da raiz e da temática de Sócrates. Platão apóia na tradição de Homero e Hesíodo. A justiça é uma deusa que dita as leis do cosmos, da sociedade e do homem.
Para Platão o intelecto (nous) é a (fronesis) prudência ou sabedoria. Aristóteles define o Intelecto (nous) dotado de dupla energia e potencialidade. A primeira é a sofia (sabedoria), por ela o homem se aprofunda à raiz das coisas, sua essência, sua verdade, seu ser; formulando os supremos princípios da metafísica. A segunda, a fronesis (prudência), trata-se de harmonizar os comportamentos quotidianos do homem, na escolha e no agir. Tendo de início supremo “fazer o bem aos outros”.
Numa época que não faltavam em Atenas “mestres” da virtude e “profissionais” da educação, os sofistas, permanentes adversários de Sócrates, Platão e Aristóteles. Mas a virtude se transmite pela influencia pessoais pelo bem que dá fundamentação às condutas.
As três partes da alma são justas quando cumprem sua função (o apetite, a paixão e a razão) é a harmonia nas funções variadas da alma. Reina a justiça quando os três são hierarquicamente ordenados e subordinados.
Depois toma sua