etica em radiologia
Em 2000, descobriu a fotografia, mesma época em que se interessou pela teoria da imagem escrita por Barthes, Dubois e Aumont. Um ano depois, concebeu Metabiótica, projeto em que escolhia um lugar da cidade, aplicava uma pintura na parede e, com a câmera em punho, aguardava pelo momento decisivo em que as pessoas interagiam espontaneamente com suas pinturas. Enquadrando a situação exata, promoveu a união entre as tintas e a vida real, simulando o encontro (ou o confronto) entre realidade e ficção dentro do campo fotográfico.
É nesse momento decisivo de interação entre o pedestre e a imagem pintada que a fotografia de Metabiótica é gerada, contrapondo-se aos tradicionais quadros fotográficos que nos transmitem a falsa ideia de que tudo o que é fotográfico é real. Em Metabiótica a veracidade é posta em dúvida: as pinturas estão de fato nas paredes, as pessoas realmente passaram por ali e agiram espontaneamente, no entanto o que se vê nos sugere um tipo de montagem que não existiu. É tudo verdade, é tudo mentira.
Em 2006, criou Ossário, intervenção realizada em um túnel de São Paulo. Durante 13 madrugadas, utilizando apenas retalhos de pano, removeu parte da grossa camada de poluição que impregnava as laterais do túnel. Limpando seletivamente