Ethos historia populacional
Desafios
O Relatório de Desenvolvimento Humano – Brasil 2005¹, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), que tratou exclusivamente de racismo, pobreza e violência, aponta que os negros estão em situação de desigualdade nas mais diferentes esferas da vida política, social e econômica do pais. Um dos mitos difundidos entre parte da sociedade é de que não existe problema racial no país.
Helio Santos, do Instituto Brasileiro da Diversidade (IBD), numera os três principais tipos de discriminação: a ocupacional, a salarial e a discriminação pela imagem.
O primeiro tipo diz respeito às dificuldades de obter vaga para funções mais bem remuneradas, o que parece questionar a capacidade do negro em executar tarefas mais complexas. O segundo tipo à discriminação salarial nos passa a ideia de que o trabalho do negro, mesmo no exercício das mesmas funções, não vale tanto quanto o dos demais. E por ultimo a discriminação pela imagem é a fobia pela presença do negro.
Observando atentamente, os três tipos de descriminação demonstra que a o racismo existe mesmo a sociedade assegurando jamais pratica-lo.
Conforme Censo de 2010, a população brasileira é composta por 50,7% de pessoas negras. Esta proporção esta longe de ser refletida nos quadros de funcionários das organizações. A participação dos negros só é menos desigual nos níveis inferiores dos quadros funcionais.
Quadro Funcional
Supervisão
Gerência
Quadro Executivo
Negros (homens e mulheres, pretos e pardos)
31,1%
25,6%
13,2%
5,3%
Negras (pretas ou pardas)
9,3%
5,6%
2,1%
0,5%
A proporção de mulheres negras esta demonstrando a existência de uma desigualdade dentro da desigualdade já enfrentada pelas mulheres. Em números absolutos, a participação de 0,5% no quadro executivo representa apenas seis negras entre as 119 mulheres ou os 1.162 diretores, negros e não negros. Isso quer dizer que é preciso haver ações afirmativas