ETAR
A disponibilidade de água potável e própria para consumo tem vindo a tornar-se uma preocupação, cada vez maior, por parte da população mundial. Torna-se então essencial a consciencialização de todos os seres humanos para o consumo apropriado da mesma.
Esta riqueza tem-se tornado cada vez mais escassa. Sabe-se que 97,50% da disponibilidade mundial da água está nos oceanos (água salgada), ou seja, água imprópria para o consumo humano, a não ser que seja realizado um processo de dessalinização, o que requer um grande investimento. Outros 2,493% encontram-se em regiões polares ou subterrâneas (aquíferos), de difícil aproveitamento. Somente 0 007% da água disponível é própria para o consumo humano, e está em rios, lagos e pântanos (água doce).
Desta forma foi necessário a recorrer a técnicas que permitem o reaproveitamento das águas poluídas, levando-nos à construção de ETAR’S (estações de tratamento de águas residuais). Uma ETAR é uma infraestrutura que trata as águas residuais de origem doméstica e/ou industrial, comumente chamadas de esgotos sanitários para depois serem escoadas para o mar ou rio com um nível de poluição aceitável através de um emissário, conforme a legislação vigente para o meio ambiente recetor.
No âmbito da disciplina de Geologia Ambiente, realizou-se uma visita à ETAR do Freixo (Fig.1), com o objetivo de perceber melhor o funcionamento de uma estação de tratamento de águas. A ETAR do Freixo recebe os esgotos da parte Oriental da Cidade do Porto e da bacia do Rio Torto em Gondomar (Subsistema Oriental).
2. Fases de tratamento de uma ETAR
Numa primeira fase, a água residual, proveniente de redes de drenagem, entra numa câmara que faz com que a mesma perca a sua energia, devido ao choque ocorrido com uma pala existente nesta câmara. Após a água perder a sua energia, sofre um processo de pré-tratamento, no qual são retirados todos os resíduos sólidos de grandes dimensões. É no processo de