Estudos sobre prevenção de acidentes de trabalho
1 - ESTUDOS DE H.W. HEINRICH
Heinrich pertencia a uma companhia de seguros dos Estados Unidos e em 1926, a partir da análise de acidentes do trabalho liquidados por sua companhia, iniciou uma investigação nas empresas em que os acidentes haviam ocorrido, tentando obter informações sobre os gastos adicionais que as mesmas haviam tido, além das indenizações pagas pelo seguro. Os dados refletiam a média da indústria americana, não sendo sua intenção, no entanto, generalizar esta estimativa para todos os casos de levantamento de custos de acidentes nas empresas.
Desta forma, Heinrich chamou de custos diretos os gastos da companhia seguradora com a liquidação de acidentes, e de custos indiretos as perdas sofridas pelas empresas em termos de danos materiais e de interferências na produção. Com relação a estes custos, em 1931 Heinich revelou em sua pesquisa a relação 4:1 (custos indiretos : custos diretos) entre os custos dos acidentes, ou seja, os custos indiretos eram cerca de 4 vezes maiores do que os custos diretos, para a indústria como um todo.
Foi Heinrich quem introduziu pela primeira vez a idéia de acidentes sem lesão, ou seja, os acidentes com danos a propriedade. Sob este enfoque são considerados todos aqueles acidentes que, de uma forma ou de outra, comprometem o andamento normal de uma atividade, provocando danos materiais.
De acordo com a pirâmide de Heinrich observa-se que para 1 acidente com lesão incapacitante , correspondiam 29 acidentes com lesões menores e outros 300 acidentes sem lesão. Esta grande parcela de acidentes sem lesão não vinha sendo considerada, até então, em nenhum aspecto, nem no financeiro e nem no que tange aos riscos potenciais que implica à saúde e vida do trabalhador caso algum fator contribuinte (ato ou condição insegura) os transformassem em acidentes com perigo de lesão.
Heinrich apud HEMÉRITAS (1981), em sua obra "Industrial Accident Prevention", aponta que os