Estudos em ti
Livros têm sido escritos acerca deste tema. O que é a igreja? Quando surgiu? É eterna ou temporal? Todas estas questões e muitas mais têm sido abordadas por teólogos ao longo dos séculos de muitas e variadas formas. Uma das dificuldades em definir o que é a igreja surge, por exemplo, na seguinte expressão de Pedro: Actos 3:24 E todos os profetas, desde Samuel e os que sucederam, quantos falaram, também anunciaram estes dias. De uma maneira geral sempre se considerou que a igreja teve o seu início no dia de Pentecostes descrito em Actos 2 com o derramamento do Espírito Santo. Ora é na sequência desse episódio que Pedro faz a afirmação acima e é precisamente isso que representa um problema para os teólogos cristãos. É que apesar do que Pedro diz, de que aqueles dias (os dias da suposta fundação da igreja) foram anunciados pelos profetas, não é possível encontrar no chamado Antigo Testamento qualquer referência a uma outra entidade que não a nação de Israel. Para dificultar ainda mais a tarefa aos teólogos, o chamado Novo Testamento, ao falar do conjunto de crentes que é a igreja, está repleto de referências às profecias antigas acerca de Israel. Para tentar dar resposta a estas aparentes contradições, nascem do mundo cristão, dois novos sistemas teológicos: a Teologia do Pacto (também conhecida por Teologia da Substituição) e o Dispensacionalismo. Algo que convém ter em mente ao analisar as formas como os teólogos procuraram desde muito cedo reconciliar as Escrituras com a igreja, é o crescente anti-semitismo que grassou no mundo cristão desde muito cedo. Muitas das posições doutrinais assumidas pelo cristianismo dominante de então e que ainda se repercutem nos nossos dias tinham como principal fundamento não a fidelidade às Escrituras e consequentemente a Deus que as inspirou, mas uma total separação dos judeus e das suas práticas.
Teologia do Pacto ou da Substituição Este é o primeiro dos dois sistemas a ver a luz do dia. Nasce com