Estudo Randomizado, Aberto Para Avaliar a Importância Da Intervenção Educativa e Da Adesão ao Tratamento em Pacientes com Doença Inflamatória Intestinal.
INTRODUÇÃO
As doenças inflamatórias intestinais (DIIs) representam um grupo de condições inflamatórias crônicas do trato gastrointestinal (TGI) de etiologia desconhecida e patogenia complexa representadas principalmente pela Doença de Crohn (DC) e pela Retocolite Ulcerativa Idiopática (RCUI) [01]. Nos últimos anos, tem sido observado um aumento da prevalência e incidência destas DII’s em diferentes regiões ao redor do mundo. As DIIs constituem um importante problema de saúde, pois atingem população relativamente jovem e apresentam um amplo espectro de sintomas, gravidade e manifestações extra-intestinais, resultando em alto custo para a sociedade.
O tratamento para as DIIs têm como objetivo o controle da atividade da doença, bem como a prevenção de recidivas, porém não possui uma duração pré-determinada, levando muitas vezes a má adesão dos pacientes ao tratamento.
A adesão ao tratamento é um processo dinâmico e multifatorial incluindo aspectos físicos, psicológicos, sociais, culturais e comportamentais necessitando tomada de decisões compartilhadas e corresponsabilizadas. Atualmente, a adesão do paciente ao tratamento tem sido avaliada por métodos indiretos, os quais incluem entrevistas, informações obtidas de profissionais de saúde e familiares, resultados dos tratamentos ou atividades de prevenção, preenchimento de prescrições e contagem de comprimidos. O baixo grau de adesão pode afetar negativamente a evolução clínica do paciente e a sua qualidade de vida, constituindo-se em problema relevante e podendo trazer consequências pessoais, sociais e econômicas.
EMBASAMENTO TEORICO
Epidemiologia
A DIIs apresentam um forte impacto na sociedade sendo consideradas problema de saúde pública, frequentemente acometem jovens em idade produtiva gerando déficits na qualidade de vida com apresentações