Estudo Interdisciplinar - Economia Política 1
Fonte: GLOBO
Esse foi o tom do evento ocorrido ontem para celebrar os 20 anos do Plano Real, aquele mesmo que os principais petistas rejeitaram e que conseguiu finalmente derrotar a hiperinflação brasileira.
Armínio Fraga, o ex-presidente do Banco Central, foi o que fez as críticas mais duras: o mercado já rebaixou o Brasil, e a política macroeconômica do governo federal é
“esquizofrênica”.
Para Armínio, a “economia vive um momento de grande frustração e grave perigo”. Ele resumiu: Os problemas de hoje vêm desde o segundo mandato do presidente Lula quando se abandonou um modelo mais equilibrado na direção do que se chama hoje de nova matriz, com política macro mais frouxa, muito foco no consumo e pouco foco na produtividade em geral. Gustavo Loyola também foi enfático no diagnóstico:
Houve sim retrocessos e é preciso retomar o fio da meada que foi perdido lá atrás. É preciso consertar o que foi feito de errado. A partir da crise de 2008 o Brasil começou a flertar com políticas muito heterodoxas de politica econômica que não tinham nada de novidade. A rigor era a volta ao passado: o inflacionismo brasileiro.
Para Loyola, o governo é “gastador”, e o país precisa avançar, fazendo reformas tributária, da previdência, do estado, além de retomar a questão da autonomia formal do Banco
Central. Gustavo Franco chamou o modelo atual de “dogmático e populista”.
Quem acompanha meus artigos sabe como sou crítico ao PSDB. Considero os tucanos tímidos demais como oposição, e esquerdistas demais como governo. Defendem uma social-democracia ainda muito distante do liberalismo que eu prezo.
Mas é inegável a distância que os separa dos petistas, em todos os aspectos. Há um abismo intransponível entre eles, seja pelo viés autoritário e bolivariano do PT, ausente no
PSDB, seja pelo quadro técnico de seus principais economistas.
O PSDB demonstra ter uma