Estudo dirigido clinica Freudiana
BLOCO I
1- Qual o avanço clínico que Freud estabelece no texto “Recordar, Repetir e Elaborar”?
R- Segundo Freud, a elaboração vem da história da pessoa, é não se manter numa posição de desconhecimento, se eu desconheço, eu repito. Portanto, aquilo que não é elaborado, é repetido. Assim, o processo de análise pode trazer a probabilidade de preenchimento de certas lacunas. Porém, o que garante que o preenchimento das lacunas acaba com a repetição? Nada pode garantir. Porque nós não somos agenciados apenas pelas palavras. Isso quer dizer que existem limites para as nossas possibilidades de fazer elaboração.
Nós temos um modelo de satisfação, o qual reimprimimos. É exatamente a repetição que vem a tona quando sujeito faz análise. E se aquilo que não é elaborado, é repetido, então quanto maior a recordação do sujeito, menor será o ato, pois a recordação e o ato são inversamente proporcionais, ou seja, onde encontramos recordação, diminuímos o campo de ação. Freud denomina de campo psíquico (memória) o que está entre a percepção e a motricidade (“modelo do pente”). Então, todo analista precisa manter uma batalha dentro desse campo psíquico. Aqui aparece a ideia de Freud estrategista, pois esse campo de ação, do agir, é um campo que desautoriza os registros da recordação e da memória significante, então o sujeito age ao invés de recordar. A ação passa não relacionada a esse campo psíquico.
Freud quer alargar o campo de compreensão. Pois, numa clínica têm-se três momentos que se apresentam tanto para o analista quanto para o paciente, quais sejam: primeiramente observam-se os fatos (primeiros fenômenos que se apresentam); depois os compreendem, para finalmente concluir. A análise funciona como um freio para a ação, pois estas ações acarretam mais desprazer e sofrimento do que uma solução. Atualmente nós agimos com mais facilidade porque nós temos à disposição as ferramentas para agir e temos menos possibilidade de compreender, nos falta artifício