estudo de caso ECT
Após meu regresso das férias fui nomeado escriturário e colocado no setor de Recursos Humanos na
Central da ECT em Brasília. A minha primeira reação foi de alivio total. Após doze anos de serviço na área juridica parecia que eu finalmente tinha "encontrado a sorte" para obtenção de um trabalho decente. Não só eu iria ter boas condições de trabalho. mas também a natureza dos meus deveres como escriturário me permitiria "polir” os meus conhecimentos para poder voltar a estudar. dai a seis meses.
Eu era um veterano na ECT e me restavam apenas 2 anos de serviço para aposentadoria, além do que, tendo uma experiência razoavelmente grande como escriturário, eu tinha esperança de poder ficar com bastante liberdade e autonomia em um ambiente no qual esperava sentir-me totalmente a vontade.
As minhas ilusões foram destroçadas logo nos minutos iniciais do primeiro dia de trabalho. 0 supervisor do departamento poderia considerar-se como sendo o molde perfeito do "Chefe Durão". Ele deu-me as boasvindas com um grunhido altamente desdenhoso. e com um abano de mão indicou que dispensava a minha presença imediata. Fiquei desde logo sem muita vontade de passar 2 anos sob as ordens deste supervisor.. Este supervisor pode ser comparado com um supervisor de primeira linha em uma organização privada.
Suas atribuições eram de atuar como ligação entre a direção da empresa e os diretores de cada departamento da organização. Na sala onde eu trabalhava, ele era o supervisor imediato. A sua mesa de trabalho estava posicionada de modo que ele pudesse observar claramente cada uma das outras mesas. A estrutura operacional da sala de trabalho era como se segue: o escriturario-chefe estava sentado na mesa contígua à do supervisor, para facilitar a comunicação (infelizmente comunicação unilateral) O escriturariochefe era comparado a um encarregado, uma vez que ele recebia as ordens do supervisor e era responsável pela distribuição de tarefas a todos os outros