Estudo de caso cosan
O aumento significativo das instabilidades políticas nas grandes regiões produtoras de petróleo e o seu provável esgotamento nas próximas décadas, em conjunto com as crescentes preocupações geradas pela a aceleração, sem precedentes, da temperatura média do planeta (fenômeno conhecido como aquecimento global). É este o principal pesadelo que vem gerando insônia nas principais economias globais. A necessidade de desenvolver novas fontes que possam substituir, a médio prazo e de modo sustentável, as matrizes energéticas baseada no chamado “ouro negro” tornaram-se uma verdadeira obsessão. Este cenário, preocupante para uma grande maioria de paí- ses, tem trazido para o Brasil grandes oportunidades.
Berço de uma das mais competitivas produções agrícolas mundiais, o país é candidato natural a assumir a dianteira na geração de energia a partir de fontes renováveis oriundas do campo. E, neste contexto, a maior estrela é o etanol, ou álcool combustível. Em um mercado estimado 40 bilhões de litros, o Brasil é dono de uma fatia de 37% (ano-base 2006), com possibilidades reais de atingir 50% até o ano de 2012.
Observações equivalentes em ordem de grandeza também valem para o mercado de outro subproduto da mesma matéria-prima: o açúcar. A participação brasileira no mercado mundial atinge a liderança com 33%.
O que há por trás destes números impressionantes e quem são os responsáveis por eles?
Breve histórico da cana-de-açúcar e seus derivados no Brasil
Apesar de se ter notícia sobre culturas de cana-de-açúcar no Brasil desde 1521 ou mesmo sobre a presença de espécies nativas, a implantação na Colônia de uma empresa açucareira voltada à exportação só ocorreu em 1533, por obra de Martim Afonso de Souza.
O donatário da Capitania de São Vicente trouxe sementes da Ilha da Madeira, uma das maiores produtoras da época, e criou em suas terras o Engenho do Governador. Anos depois, a propriedade foi adquirida pelo belga Jorge Erasmo Schetz, que a chamou de