Estudo das comunidades vegetais
Em termos essencialmente práticos pode-se afirmar que uma comunidade vegetal é uma unidade sociológica de qualquer nível sintaxonômico1, que ocupa um certo território e que tem uma composição florística e uma estrutura característica (Cain & Castro, 1959). Alguns autores afirmaram que a comunidade vegetal é uma abstração e simplesmente consiste de todas as plantas, à partir de um certo tamanho ou pertencente a um certo táxon, que ocorrem numa área que o pesquisador delimitou para estudo. Para permitir uma abordagem mais conveniente de estudo, atribuem-se certas propriedades às comunidades vegetais – atributos das comunidades (Daubenmire, 1969):
a) composição florística b) fisionomia c) estrutura d) funcionamento e) dinâmica f) distribuição g) evolução
Em geral, a caracterização de alguns dos atributos mencionados, tem a concordância dos autores e é feita de modo diferente segundo a experiência pessoal e o sistema metodológico adotado. A composição florística de uma comunidade vegetal é a lista das espécies que a compõe, sem atribuição de qualquer característica ecológica. Assim, todas as espécie presentes têm um mesmo peso e o pesquisador está interessado nos grupos taxonômicos, isto é, se há algum táxon representado por grande número de táxons mais baixos (muitas espécies de um mesmo gênero ou família, por exemplo), se ocorrer presença ou ausência de famílias e espécies de interesse, etc. A correta identificação taxonômica e a manutenção de material testemunha (exsicatas em herbários) são fundamentais e imprescindíveis ao estudo de vários atributos da comunidade.
1 Sintaxonomia é a parte da Ecologia de Comunidades que objetiva classificar as comunidades dentro de um sistema hierárquico (como os diversos níveis da taxonomia), baseado nas semelhanças florísticas, fisionômicas e ambientais.
O levantamento florístico de várias