Estudo da viabilidade de uso da argila bentonita como adsorvente no processo de abrandamento de água
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1. INTRODUÇÃOA sobrevivência humana e o desenvolvimento das sociedades são extremamente dependentes da água, porém, esta vem se tornando insuficiente para atender a demanda. Logo a água fornecida pelas instalações para abastecimento deve ter uma boa qualidade e ser acessível a todos (HELLER,2006).
A disponibilidade da água, tanto em quantidade e em qualidade, modifica-se temporal ou espacialmente. A captação de água e a diluição de efluentes afetam diretamente essa disponibilidade. A união da degradação ambiental, com o crescimento populacional exagerado e a diminuição da cobertura vegetal, causa a escassez do recurso hídrico. A escassez pode ser também conseqüência da precipitação e do aumento da demanda pelos setores agrícola, urbano e industrial. (OLIVEIRA apud SANTOS, 2010).
Um parâmetro destacável para determinar as características da água, é a dureza. Essa representa a concentração de cátions multivalentes em solução na água, principalmente de cálcio(Ca2+) e Magnésio(Mg2+), e, em menor quantidade, alumínio(Aℓ3+), ferro(Fe2+), manganês(Mn2+) e estrôncio(Sr2+). Segundo Macêdo (2004) a dureza pode ser temporária ou permanente. A temporária também pode ser nomeada de dureza de bicarbonatos. Já a dureza permanente, deve-se à presença de sulfatos ou cloretos de cálcio e/ou magnésio em solução.
Retirar a dureza da água é muito importante e necessário, uma vez que bicarbonatos de cálcio e magnésio provocam a formação de carbonatos, que são insolúveis e precipitam formando as incrustações através da ação do calor ou pela reação com substâncias alcalinas.
As argilas estão sendo cada vez mais aplicadas como adsorventes, e ainda ganham cada vez mais espaço nas pesquisas acadêmicas por se apresentar como um material de baixo custo, abundante no país e com boa capacidade de remoção de metais, de óleos, íons e de corantes. Isso acontece devida a sua estrutura lamelar, grande área superficial e sua alta capacidade de troca catiônica. (MELLO, 2007 apud