Radiometria
Capítulo V – Comportamento espectral de solos 1 Introdução A avaliação das características espectrais pode ser realizada em diversos níveis de aquisição de dados. Tudo depende do posicionamento do sensor, localizado na terra, num helicóptero, num avião ou em órbita. É claro que cada nível de aquisição poderá ter sensores devidamente adaptados às suas condições. A questão básica é que um alvo (solo, vegetação) pode ser analisado pelos aparelhos sensores, tendo diferentes características espectrais, sendo que dependendo do nível de aquisição, existem vantagens e desvantagens. Porém, para um detalhado entendimento do comportamento espectral, deve-se primeiro conhecer o objeto através de uma situação com um mínimo de interferências. Nesse caso, os estudos ao nível de laboratório são considerados básicos. Tal conhecimento é essencial para a avaliação espectral de campo e orbital. Os solos, de acordo com vários autores, têm o seu comportamento espectral influenciado por diversos fatores, dentre os quais têm sido citados como os mais importantes: umidade, teor de matéria orgânica, textura, cor, teor de óxidos de ferro e as suas condições de superfície. É preciso estudar a influência de cada atributo do solo na reflectância, para um melhor entendimento dos dados espectrais. O estudo do comportamento espectral vem sendo avaliado a vários anos, desde a década de 60, com grande impulso em 70 e 80. O maior impulso neste tipo de estudo porém, vem ocorrendo a partir de 1990, quando novos e mais modernos sensores vêm sendo desenvolvidos. A comunidade científica vem cada vez mais tentando entender os solos e o ambiente através de sensores, haja visto sua rapidez e versatilidade. 2 Reflectância Quando o fluxo radiante de uma amostra de superfície parte do fluxo é refletido para o hemisfírio de incidência. Se a superfície é lambertiana, a radiância resultante é constante em todas as direções e seu valor nas proximidades da amotra é denominada radiância inerente. A radiânica