estudo da odontologia como ciencia da vida
Maria Julia P. Coelho-Ferraz
Alquermes Valvassori
Reinaldo Ayer de Oliveira
Resumo O artigo objetiva refletir a construção da identidade da boca, que perpassa a ética, a poética, a estética e a política diante de alguns ditames bioéticos. Foi realizada uma consulta bibliográfica a partir do banco de dados do Scielo e Lilacs, de artigos publicados em revistas científicas nacionais e internacionais, bem como dos livros-texto mais importantes editados nos últimos anos. Descreve a boca como um território marcado pela história de cada pessoa humana, sendo posto de fronteira do contato com o outro. Discute-a como integrante do corpo no qual desempenha funções fisiológicas importantes que não se reduzem apenas à mastigação, respiração e fala, mas também à expressão de sentimentos. Por fim, considera que, para o devido estudo da Odontologia enquanto ciência da vida, ela deve ultrapassar a dimensão biológica centrada nos aspectos anatômicos e fisiológicos do complexo craniofacial, para uma compreensão da pessoa em sua totalidade, numa práxis que valoriza tanto o espaço acadêmico na formação integral do profissional como a sociedade na defesa da vida.
Palavras-chave: Saúde bucal. Ética. Bioética. Valores sociais.
Maria Julia P. Coelho-Ferraz
Cirurgiã-dentista, especialista em
Bioética pela Faculdade de
Medicina da Universidade de São
Paulo (FMUSP), doutora em
Biologia Buco-Dental pela
Faculdade de Odontologia de
Piracicaba (FOP/Unicamp), pósdoutoranda da Faculdade de
Odontologia de São José dos
Campos/Unesp e professora colaboradora na disciplina de
Bioética da Faculdade de Medicina de Jundiaí, São Paulo, Brasil
A construção do diálogo transdisciplinar que a partir da saúde bucal promova saúde, desenvolvimento tecnológico e responsabilidade social torna-se fundamental às ações de bem-estar da pessoa humana como mecanismo indispensável para o exercício profissional no encontro com o outro
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