Estudo da enzima HK em cãncer
O câncer é uma doença que, segundo estatísticas do Instituto Nacional de Câncer José
Alencar Gomes da Silva (INCA), atingiu 518.510 pessoas no Brasil em 2012. É caracterizado pelo desenvolvimento desordenado de células que invadem tecidos e órgãos e que podem ainda espalhar-se para outras regiões do corpo (metástase), agravando o caso clínico da doença.
O seu desenvolvimento é atribuído a alterações no ácido desoxirribonucleico (DNA) dos genes de uma célula normal. Sofrendo essa mutação genética, a célula que era normal passa a desempenhar suas funções de forma errônea e a multiplicar-se desordenadamente. Quando a mutação ocorre em genes protoocongenes, há a ativação desses genes em níveis diferentes dos normais, transformando-se em oncogenes, responsáveis pela malignização (cancerização) das células normais, as quais passam ser células cancerosas/transformadas. Essas células, ao se multiplicarem rapidamente, geram outras com a mesma alteração genética, o que provoca a formação de tumores (acúmulos de células cancerosas) ou neoplasias malignas. Por outro lado, um tumor benigno é uma massa localizada de células que se multiplicam de forma mais lenta, assemelhando-se a seu tecido original, e raramente pode provocar a morte.
A existência de diferentes tipos de cânceres é explicada pela existência de diferentes tipos de células. Se o câncer tem início em tecidos epiteliais, como a pele e mucosas, ele é denominado carcinoma. Caso seja gerado em tecidos conjuntivos, como osso, músculo ou cartilagem, é chamado de sarcoma.
Conforme o INCA, o carcinoma mais comum e também o tumor maligno mais comum é o câncer de pulmão, que apresenta aumento de 2% por ano na sua incidência mundial. Em 90% dos casos diagnosticados, o câncer de pulmão está associado ao consumo de derivados de tabaco.
No Brasil, foi responsável por 21.867 mortes em 2010 (13.677 homens e 8.190 mulheres), sendo o tipo que mais fez vítimas. O câncer de pulmão, altamente