Estudo da atividade de pterocarpanoquinonas com atividade antitumoral em glioblastoma
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Estudo da atividade de pterocarpanoquinonas com atividade antitumoral em glioblastoma1. INTRODUÇÃO
A cultura de células se iniciou no princípio do século XX com Harrison e Carrel. Essa técnica foi desenvolvida como um método para estudar o comportamento das células animais fora do organismo, e até hoje os laboratórios do mundo inteiro a utilizam como uma importante ferramenta de pesquisa (ALVES, E. A; GUIMARÃES, A. C. R; 2010).
Quando se compara esse tipo de metodologia com os experimentos que utilizam animais, a cultura de células são mais vantajosas devido à possibilidade de controle do ambiente e a homogeneidade da amostra, além de serem mais econômicas. Entretanto, a proliferação in vitro difere da in vivo, e por mais próximo que o modelo de cultura de células esteja da realidade e por mais que essas células sejam tratadas em um meio ambiente controlado, o processo in vitro ainda não simula fielmente como seria a ação do fármaco dentro do organismo, devido a uma séria de fatores que existem no organismo humano e que não se consegue simular in vitro, como a variedade de células ao redor e o microambiente em que a célula se encontra, sendo isso uma causa de problemas para o desenvolvimento celular (ALVES, E. A; GUIMARÃES, A. C. R; 2010).
As células oriundas de tecidos duros, como as células do tumor anaplásico glioblastoma multiforme no sistema nervoso central, são células aderentes na cultura de células e, por isso, são dependentes de ancoragem, ou seja, necessitam de adesão a uma superfície de contato para que possam iniciar a sua proliferação. Quando em cultura essas células aderentes se espalham por todo o fundo da garrafa formando o que se chama de monocamada celular (ALVES, E. A; GUIMARÃES, A. C. R., 2010).
Estudos revelam que os tumores do sistema nervoso central são a terceira causa de morte por câncer em adultos e a primeira em crianças, e com relação ao tipo histopatológico, 38 a 40 % dos casos são de glioblastomas (Fuentes et al., 2009). E