Estudo comparativo entre duas metáforas organizacionais: Organizações vistas como máquinas Organizações vistas como prisões psíquicas
Organizações vistas como máquinas
Organizações vistas como prisões psíquicas
Nas organizações vistas como máquinas identificamos a separação da ideia de concepção e execução, há uma evolução das manufaturas para as grandes linhas de produção. A ideia de coordenação e controle é fortemente trabalhada e entendida como a prática organizacional. Dessa forma, os cargos são entendidos como caixas a serem preenchidos por pessoas que precisam se adaptar para, literalmente, se enquadrarem numa função.
Todo esse pensamento ressalta ainda o treinamento e desenvolvimento como forma de moldar as pessoas para as funções a serem preenchidas. Agindo assim, a organização poderá continuar funcionando de maneira racional e competente.
Analisar uma organização como uma máquina é esquecer a complexidade que envolve as relações de trabalho, as tarefas a serem cumpridas e as limitações humanas, e até físicas, em comparação ao desempenho e capacidade de um aparelho, um equipamento, uma máquina.
Já nas organizações vistas como prisões psíquicas, percebemos outra dimensão sobre como funcionam e se desenvolvem. A partir da referência do mito da Caverna de Platão é possível identificar o “olhar míope” dos prisioneiros da caverna, pois seus pensamentos e atitudes são reflexos do que eles enxergavam e não do que realmente estava acontecendo. A caverna pode ser definida como o senso comum e a viagem para fora da caverna a busca pelo conhecimento. A aplicação dos olhares sobre esse mito no dia a dia das organizações nos leva a pensar em muitas empresas que estão aprisionadas pelo sucesso ou pelos processos grupais e não percebem em geral as mudanças na sociedade e tão pouco identificam novas necessidades. Essas empresas podem se acomodar organizacionalmente e institucionalizar o erro, ao invés de buscarem a inovação, a vanguarda e enxergarem possibilidades de transformações do seu negócio. Quando pensamos que fazemos parte