estudar
Na Idade Média, a Igreja Católica se tornou a instituição mais rica e sólida da Europa ocidental. Alguns dos seus mais altos dignitários (bispos, cardeais, arcebispos e abades) viraram grandes senhores feudais. Tinham muitos bens, ao contrário de pequenos clérigos, que às vezes se tornavam vassalos para não ter que lutar contra miséria. A Igreja dominava quase toda a vida espiritual da população, dizendo que só ela podia absolver pecados, garantindo a salvação na vida eterna. A hierarquia eclesiástica era organizada em províncias e dioceses, dessa forma:
Arcebispo ou patriarca, e um bispo;
Diáconos, que davam apoio ao primeiro e cuidavam dos doentes;
Padres que assistiam as comunidades rurais.
Juntamente com o patriarca de Roma (Papa), formavam o clero.
Crise moral
A Igreja Católica era parte integrante no sistema feudal, e em seu interior tinha características desse sistema. Por exemplo, o alto clero tinha status de nobreza, tendo acesso a terras e outros bens. Assim, ficava vulnerável a influências mundanas e consequentemente à corrupção. Em certos momentos, a Igreja colocou em perigo sua existência, graças a essas influências. Muitas regras importantes eram deixadas de lado; muitos padres eram casados ou tinham amantes, e cargos de bispo e arcebispo eram vendidos a nobres que mal sabiam celebrar uma missa, e estavam mais preocupados em esbanjar os bens da Igreja do que em promover a religião. Depois que os Marózias praticamente se apropriaram da Igreja, alguns clérigos notaram a gravidade da situação e resolveram fazer uma grande reforma moral e religiosa. Essa reforma começou em 910 quando um mosteiro beneditino foi aberto em Cluny, Borgonha (atual França). Logo, quase toda Europa estava coberta por uma rede desses mosteiros, submetidos à autoridade do abade de Cluny. Assim, a dignidade da Igreja e do papado, foi restaurada por um tempo.
Em 1059, o papa Nicolau II confirmou o