estudante de psicologia

Uma terceira forma de configuração histórico-cultural do sul do Brasil é constituída por brasileiros de diferentes origens (ex: Alemanha, Itália, Japão entre outros), imigrantes das últimas décadas. Tais imigrantes diferenciavam-se da população brasileira por características como o bilinguismo, um modo de vida rural e nível educacional superior ao dos brasileiros em geral.
Esta colonização européia iniciou-se no período imperial com o objetivo de branqueamento da população, visando, assim, o progresso da nação e indo contra o grande número de negros e mestiços que constituíam a maior parte da população. Esse empreendimento colonizador recebeu enormes investimentos do governo imperial que buscavam cobrir os gastos dos colonos com transporte, instalação e facilitando a manutenção e concessão de terras. No entanto, sem todo esse investimento a população caipira brasileira formava grandes massas marginalizadas.
Atualmente, a população gringa encontra-se em uma vasta ilha nos centros dos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul e alastra-se pelas terras vizinhas, além de formarem pequenos enclaves nas regiões de Espírito Santo e São Paulo. Na faixa leste, se defrontam com as velhas áreas litorâneas de colonização açoriana. A oeste e ao sul, com as zonas de pastoreio gaúcho. Exceto aqueles que se encontram marginalizados, dificilmente seus descendentes tornam-se matutos ou gaúchos.
O bolsão cultural gringo exibe uniformidade, as sociais decorrem da forma em que as colônias se formaram (através da concessão de terras que foram exploradas de forma familiar e com habilitação profissional) e as culturais dependem da segregação vivida nas primeiras décadas. O fato de que as colônias sulinas não se ligavam aos latifúndios pastoril e agrário, sendo assim, aos senhores de terras, também contribuiu para a formação da ilha gringa.
Cada grupo de imigrantes organizou de modo particular suas vidas, seguindo as tradições de seus antepassados. O domínio da língua