estruturas
REVISÃO DA LITERATURA
Este Capítulo encontra-se estruturado em duas partes. Inicialmente, será tratado o fenômeno da corrosão de armaduras em estruturas de concreto armado, e posteriormente, serão contempladas as formas de prevenção da corrosão.
2.1 CORROSÃO DE ARMADURAS EM CONCRETO
2.1.1 Considerações Iniciais
A corrosão pode, genericamente, ser vista como a tendência de um material metálico em retornar a sua forma mais estável na natureza; Assim, por exemplo, quando uma peça de aço corrói, o ferro, seu principal componente, está retornando à forma de óxidos e hidróxidos de ferro, situação similar à sua condição original de minério de ferro, que é a forma mais estável do ferro na natureza.
O processo supracitado pode ser associado à termodinâmica (ciência que estuda as transformações de energia associadas à ocorrência de eventos), através da análise das variações de entalpia e de entropia: sabe-se que os processos espontâneos ocorrem no sentido da menor entalpia e no sentido da maior entropia, ou seja, na natureza há uma evolução espontânea dos fenômenos para um estado energético mais baixo, de menor energia (menor entalpia) e no sentido da maior desordem, da maior "liberdade", do "caos"
(maior entropia).
Estes dois princípios da termodinâmica podem ser unidos através do
conceito da energia livre de um sistema ou energia livre de Gibbs (ΔG, expressa pela equação 2.1), propriedade termodinâmica que relaciona a entalpia resultante do processo
(ΔH) e a sua entropia inerente (ΔS) numa determinada temperatura (T). Variações da energia livre de Gibbs negativas indicam reações espontâneas.
ΔG = ΔH − T .ΔS
(2.1)
D0003C09: Avaliação da capacidade de proteção contra à corrosão da armadura induzida por cloretos ... 34
Obviamente, nem todos os metais têm a mesma tendência em oxidar-se, já que uns são mais estáveis em sua forma pura, ou seja, são mais nobres (ex: ouro e prata) do que outros menos estáveis, como o