estruturas
DHIÃNAH S. OLIVEIRA
LUCIANNE R.M. TANNUS
ALESSANDRA S.M. MATHEUS
FERNANDA H. CORRÊA
ROBERTA COBAS
EDNA F. DA CUNHA
MARÍLIA B. GOMES
Disciplina de Diabetes e
Metabologia do Hospital
Universitário Pedro Ernesto,
Universidade do Estado do
Rio de Janeiro (UERJ),
Rio de Janeiro, RJ.
RESUMO
Objetivo: Avaliar o risco cardiovascular (RCV) em pacientes com diabetes tipo 2 (DM2) de acordo com os critérios de Framingham, e sua associação com outros fatores não incluídos no escore de Framingham. Desenho do Estudo e Métodos: Foram avaliados, em corte transverso, 333 pacientes DM2 (215 do sexo feminino) com média de idade de 59,6 ± 9,7 anos, acompanhados no Serviço de Diabetes e Metabologia do HUPE no período de março de 2004 a fevereiro de 2005. A duração conhecida do diabetes foi de 12 (0 a 43) anos. Foi aplicado o escore de Framingham em todos os pacientes para determinação do risco de morte por doença coronariana. Os pacientes foram estratificados em grupos quanto ao RCV em 10 anos: ≤ 20% e > 20% de probabilidade de apresentar um evento CV. Resultados: O
RCV, em 10 anos na amostra estudada, foi de 18,7 ± 10,8%, sendo maior no sexo masculino do que no feminino [20% (2–53) vs. 15% (1–27), p< 0,001]. A prevalência de risco > 20% do escore de Framingham foi maior no sexo masculino (55,1%) do que no feminino (38,6%) (p=
0,003). O RCV foi correlacionado à duração conhecida do DM, níveis de triglicerídeos (TGs), creatinina, glicemia pós-prandial e circunferência abdominal (CA). Houve associação do
RCV com a CA, pela classificação da IDF (International Diabetes Federation) (p< 0,001) e
Organização Mundial de Saúde (OMS) (p= 0,003). Na regressão múltipla em stepwise, encontramos correlação significativa e independente do RCV com as seguintes variáveis: sexo masculino, duração conhecida do DM, creatinina plasmática, CA e TGs (p<