estrutura de preço
O modelo tradicional era preocupado sobretudo no campo, em contraste com os meios urbanos que eram considerados particularmente nocivos à família.
Não foi a industrialização que determinou a evolução, ou, pelo menos não a determinou imediatamente. A redução do número de membros da família só se verifica no séc. XX, coincidindo sobretudo com a diminuição da taxa de natalidade. Por outro lado, em certas zonas, a dimensão da família chegou a aumentar no decurso da industrialização.
A diferença não se deve estabelecer entre períodos pré e pós-industrial, mas entre o campo e a cidade, não tendo havido, nesta última, evolução significativa.
Certas condições demográficas dificultaram, na época pré-industrial, a coexistência de três gerações da mesma família. Tais condições eram: a esperança de vida; a diferença de idade entre a pessoa que transmitia e a que recebia a propriedade determinada pela idade elevada do casamento; e os grandes intervalos entre o nascimento dos filhos sobrevivos. 11. Funções da família
Reconhece-se o significado cada vez menor da família como forma de realização social: vai perdendo as suas funções tradicionais, que são transferidas para a sociedade ou para o Estado.
A família, ao mesmo tempo que perde a sua autonomia religiosa, se sacraliza – mas integrada no conjunto mais vasto da Igreja, da qual é uma simples célula subordinada. O carácter sacramental do casamento transformava-o numa instituição religiosa. Ao marido assistia o dever cristãmente com a mulher, conduzindo-a à salvação. A ambos esposos, sobretudo ao marido até ao séc. XIX, competia a educação religiosa dos filhos. A família transformara-se, assim, na célula básica da Igreja. Ela própria é Igreja em miniatura, com a sua hierarquia, com o seu local afectado ao culto, a sua hierarquia chefiada pelo pai. Veiculando, pela própria natureza das coisas, a doutrina da Igreja; submetida, através da autoridade do pai,