Estrutura de atomos antigos e modernos
A física que ocorre no interior da matéria, na região que designamos como nível microscópico ou nível atômico, é muito diferente daquela que estamos acostumados a ver no nosso mundo macroscópico, aquele cujas escalas vão do milímetro aos milhares e milhares de quilômetros. Os fenômenos que ocorrem no interior da matéria ou seja, no interior dos átomos, têm aspectos muitíssimo particulares, característicos e algumas vezes surpreendentes.
Os blocos construtores básicos da matéria "normal", aquela que vemos espalhada por todo o Universo, são os átomos. Ao se reunirem, os átomos formam o que chamamos de moléculas.
Entretanto, veremos mais tarde que, embora a matéria "normal" seja composta de átomos e moléculas, a quase totalidade da matéria que existe no Universo não se apresenta desta forma. Ao invés disso, a maior parte da matéria no Universo está presente na forma de plasma. O modelo de Bohr para o átomo
Em nossa discussão das propriedades mais importantes da estrutura atômica e molecular empregaremos um modelo muito simplificado para descrever o átomo, proposto em 1915 pelo prêmio Nobel dinamarquês Niels Bohr.
Este modelo é chamado de "átomo planetário" ou "modelo de Bohr". O modelo do átomo proposto por Bohr não é inteiramente correto nem representa a visão atual que os físicos possuem sobre o interior da matéria. No entanto, ele tem vários aspectos que são aproximadamente corretos, é mais fácil de ser entendido e é plenamente satisfatório para uma grande parte da nossa discussão.
No modelo atômico proposto por Bohr partículas chamadas nêutrons e prótons ocupam uma região central, densa, do átomo chamada núcleo atômico. Em torno deste núcleo outras partículas, os elétrons, descrevem órbitas. A atração elétrica entre os prótons e os elétrons é um dos processos que dá estabilidade ao átomo, mantendo-o unido.
Esta descrição se assemelha, em alguns aspectos, àquela que fazemos do nosso