Estrutiocultura
O avestruz (Struthio camelus) originou-se há 60 milhões de anos no Continente Africano, no período oceânico. Com o decorrer do tempo a evolução e seleção natural transformaram o avestruz em uma ave resistente a condições climáticas extremas, tolerante a enfermidades e parasitos. Foi domesticada pela primeira vez na Colônia do Cabo, atualmente África do Sul (DICAN, 2002), com o objetivo exclusivo de produção de plumas para atender os mercados da Europa e Estados Unidos.
Podemos incluir o avestruz no grupo das ratitas, aves corredoras de grande porte (como a Ema, o Meu e o Casuar). O termo "ratitas" vem do latim, significando "jangada". O esterno dessas aves é plano, desprovido de carena, ao contrário das aves voadoras. A carena, nas aves voadoras, é sede de inserção dos potentes músculos peitorais. O avestruz, não é uma ave voadora, logo, não tem peitorais desenvolvidos como um pato ou uma galinha. Deste fato decorre uma importante peculiaridade produtiva do avestruz: a maior quantidade de carne produzida não estará no peito mas nas coxas, já que se trata de animal corredor.
O avestruz possui a seguinte classificação zoológica (SILVA, 2003). Filo: Chordata; Classe: Aves; Ordem: Struthioniformes; Subordem: Struthiones; Família: Struthionidae; Gênero: Struthio; Espécie: Struthio camelus.
A avestruz pode viver em ambientes sensivelmente diferentes, mas sempre em espaços abertos que permitam um campo visual. Estes animais adaptam-se bastante bem ao nosso clima, podendo os adultos permanecer ao livre durante o Inverno frio e chuvoso. Antigamente, estes animais estavam mais concentrados em África, mas, hoje em dia podemos encontrá-las em diversos sítios do Mundo.
Os avestruzes possuem de 2,7 a 3,0m de altura, chegando a pesar de 90 a 180Kg. Iniciam sua vida reprodutiva com cerca de 3 anos de idade, mantendo plenamente seu vigor até os 40 anos, e podendo atingir até 70 anos de idade. Há, contudo, relatos de avestruzes criados em zoológicos no Brasil