Estresse ocupacional
FUNDAMENTOS TEÓRICOS SOBRE STRESSE OCUPACIONAL, UM ESTUDO SOBRE UMA EQUIPE DE RECEPÇÃO DE MEIOS DO LMPQF/DSS/FAA
1.1 Breve historial O termo stress advém originalmente da física, sendo utilizado para designar a tensão ou força sobre um objecto, com a tendência a alterar a sua forma. Envolve medidas ligadas à intensidade e duração desta força, bem como a reacção de resistência do objecto à esta. A transferência do termo stress para a área da saúde é habitualmente creditada ao médico e fisiologista austríaco Hans Selye. Ele observou que mesmo patologias diferentes possuíam uma série de reacções semelhantes do organismo, como se fossem uma tentativa do mesmo de se adaptar àquela doença, de tentar retomar o equilíbrio, a homeostase, daí ter chamado o stress de Síndrome Geral de Adaptação. Selye dividiu o stress em três fases: a fase de alerta, correspondente à reacção de luta ou fuga, na qual o indivíduo se prepara para reagir a um problema, caracterizada pela activação geral do organismo; a fase de resistência, decorrente da permanência do indivíduo no estado de stress, na qual os efeitos benéficos decorrentes da activação proveniente da fase de alerta começam a cessar, aparecendo disfunções orgânicas como, por exemplo, sensações de cansaço, dores de cabeça e disfunções gastrointestinais; e a fase de exaustão, na qual o organismo apresenta um grande desgaste decorrente da permanência no estado de activação, facilitando assim o aparecimento de doenças pré-disponentes e do comprometimento dos órgãos mais vulneráveis do indivíduo, como, por exemplo, doenças auto-imunes e cardíacas.
As pesquisas resultantes da proposição inicial de Selye, passaram a estabelecer hipóteses de como todo este processo acontecia organicamente sendo a activação do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal com o correspondente aumento da produção do cortisol, o principal mecanismo regulatório estudado no campo da psicofisiologia, sendo relacionado também à depressão e à ansiedade. Em sua