ESTRESSE NA ENFERMAGEM
O estresse é uma resposta não especifica do organismo diante de qualquer situação que ameace a homeostase do individuo, gerando a necessidade de mobilização para enfrentar o evento causador do desequilíbrio biopsicossocial (Selye, 1954).
Considerado como um processo, o estresse tem por objetivo adaptar o organismo a uma condição extrema ou interna que, de alguma forma, esteja alterando a percepção de bem estar vivenciado pelo sujeito (Calair, Andrade & Lipp, 2003; Lazarus, 1999).
O estresse surge mediante um processo de etapas, nas quais a sintomatologia e a forma de manejo são diferenciadas de acordo com a fase observada (Lipp, 2003). Segundo o modelo de Lipp (2000), são quatro fases de estresse: alarme, resistência, quase exaustão e a exaustão. A distinção das mesmas se dá pela duração da ação do estressor e pelo aparecimento de sintomas orgânicos e/ou psicológicos.
A fase de alarme é considerada a reposta inicial do organismo ante o estressor, em que são desencadeadas uma série de reações fisiológicas para a sobrevivência, dentre elas o aumento da pressão arterial e a tensão muscular, dentre outras. Há também, como a faceta positiva do estresse na fase de alarme, uma elevação no nível de atenção e velocidade na articulação de pensamentos, além do aumento na motivação e disponibilidade para envolver- se em novos projetos. A fase de resistência acontece quando há a persistência do estressor, predominado a reação passiva na busca pela adaptação. Entre sintomas desta fase estão a hipertensão arterial, o isolamento social e os problemas de memória e atenção (Lipp, 2003).
A quase exaustão caracteriza-se pelo inicio do enfraquecimento do organismo diante do estresse, podendo surgir doenças, mas ainda não tão graves quanto à fase de exaustão. A exaustão evidencia-se pela impossibilidade de resistência ao estressor e surgimento de patologias atuando, por um fracasso adaptativo, pode levar à morte. São patologias observadas nesta fase: doenças