Estrategia de controle biologico
Basicamente, existem três estratégias pelas quais os inimigos naturais podem ser manejados pelo homem para que causem redução no nível populacional de uma praga, objetivando mantê-la abaixo do nível de dano econômico, a saber: * CONTROLE BIOLOGICO CLASSICO– Envolve a importação de agentes de controle biológico da região de origem da praga, seja de um país para outro, ou de uma região para outra, de modo a estabelecê-los permanentemente como novos elementos da fauna local.
O primeiro caso de sucesso de controle biológico clássico foi obtido com a importação da joaninha Rodolia cardinalis pelos EUA da Austrália, sendo introduzida em 1988 nos pomares de citros da Califórnia para o controle da cochonilha Icerya purchasi. Tal foi o sucesso que em menos de dois anos após a liberação dessa joaninha, o controle dessa praga já havia sido alcançado. No Brasil, o primeiro projeto de controle biológico clássico foi a introdução do microhimenóptero Prospaltella berlesei, importado dos EUA, para o controle da cochonilha branca da amoreira, Pseudaulacaspis pentagona, em 1921. * CONTROLE BIOLOGICO AUMENTATIVO OU POR INCREMENTO-Nessa estratégia, o inimigo natural é multiplicado massalmente em laboratórios especializados, portanto, envolve a criação ou produção massal do inimigo natural. Posteriormente, eles são liberados no campo no momento apropriado. Esse momento é decido baseando-se na biologia da praga alvo, de modo a sincronizar as liberações quando a praga encontra-se em seu estágio mais susceptível.
Casos bem sucedidos do uso dessa estratégia para controle de pragas agrícolas no Brasil podem ser destacados. O caso de maior sucesso é o controle biológico da broca-da-cana de açúcar (Diatraea saccharalis) através da criação massal em laboratório e liberação no campo da vespinha Cotesia flavipes, sendo responsável por cerca de 70% a 80% do parasitismo das lagartas de D. saccharalis. Na cultura da soja, destaca-se o controle