Estrategia Como Pratica Social
Resenha
Nos últimos anos têm havido crescente interesse nos temas de redes e estratégias de cooperação. Um dos motivos, segundo Balestrin & Vargas (2004) é a facilidade com que o ambiente em rede favorece o compartilhamento de informações, de conhecimentos, de habilidades e de recursos para inovação.
Um dos objetivos do estudo da estratégia de cooperação, de acordo com Faulkner (2003), é investigar os motivos pelos quais as organizações desenvolvem relações de cooperação, identificar a natureza e função das alianças estratégicas, e identificar a natureza e função das redes estratégicas.
As relações de cooperação reportam-se ao Dilema do Prisioneiro, de Albert Tucker
(FAULKNER, 2003), onde os interesses coletivos podem se sobrepor aos individuais.
Gulati (1998) define alianças estratégicas como acordos entre empresas envolvendo trocas.
E acrescenta que as empresas podem ser interligados com outras empresas através de uma ampla gama de relações sociais e econômicas, cada um dos quais pode constituir uma rede social. Desde relacionamentos com fornecedores, fluxos de recursos, membros de associações comerciais, até as relações entre os trabalhadores individuais e alianças estratégicas anteriores (GULATI, 1998).
Bergtsson & Kock (2000) apresentam o conceito de “Coopetição”, para o que chamam de dualística e paradoxal relação que emerge quando duas organizações cooperam em algumas atividades e ao mesmo tempo competem entre si em outras (BENGTSSON & KOCK, 2000). Daí surge uma relação complexa e de de lógicas diferentes: por um lado os atores competem entre si num ambiente de hostilidade e conflito de interesses e, por outro lado, compartilham afabilidades e interesses comuns. Para que seja possível “Coopetição” essas duas lógicas devem separadas adequadamente (BENGTSSON & KOCK, 2000).
Dentre os diversos fatores que tem levado organizações a buscarem sistemas de redes e alianças está a questão de que os conceitos tradicionais de