Numa fase inicial as empresas tendem a optar por mercados psicologicamente mais próximos e a aplicação de recursos e o grau de comprometimento tem uma tendência crescente, à medida que vão adquirindo conhecimento sobre os mesmos. Para os investigadores nórdicos, as empresas escolhem os seus alvos externos com base numa “proximidade psicológica” e que quanto menor forem as diferenças entre o país interno e o país externo maior será a probabilidade de se avançar para um processo de internacionalização. Porém, o muito que se tem dito e escrito sobre o modelo e conceito não tem sido consensual. Apesar da generalidade dos investigadores considerar a distância psicológica como um poderoso determinante para se entender o comportamento das empresas nos seus processos de internacionalização, muito há ainda que ser estudado e debatido, nomeadamente na forma como a esta se deverá aceder e quais os seus determinantes. Como veremos mais em pormenor na revisão bibliográfica (Capítulo II), os estudos têm sido vários e a discussão intensa. Enquanto para alguns autores/investigadores devemos encarar a distância psicológica tendo por base indicadores macroeconómicos (Johanson e Wiedersheim-Paul, 1973; Johanson e Vahlne, 1977; O’Grady e Lane, 1996 e Paul Brewer, 2007), ou seja através de indicadores factuais, outros (Jody Evans e Felix Mavondo, 2002 e Sousa e Bradley, 2005, 2006) defendem a inclusão do que consideram ser os dois elementos mais importantes do conceito: “psychic” e “distance”, onde a operacionalização deverá ser feita através das percepções individuais. Segundo Sousa e Bradley (2006), os dados resultantes de uma abordagem através das percepções individuais poderá ter uma forte componente explicativa nos valores individuais inerentes a cada indivíduo. Cada pessoa tende a ver as situações de forma diferente consoante os seus valores, sendo estes elementos essenciais na explicação das suas atitudes e comportamentos. São um elemento “core” na personalidade individual que