estagio
DO CERRADO:
UMA ALTERNATIVA
PARA FITORREMEDIAÇÃO
estudos, Goiânia, v. 36, n. 11/12, p. 1141-1159, nov./dez. 2009.
DANIELE LOPES OLIVEIRA, CLEONICE ROCHA, PAULO
CESAR MOREIRA, STEPHÂNIA DE OLIVEIRA LAUDARES
MOREIRA
Resumo: a fitorremediação usa plantas e a microbiota para extrair e ou reduzir a toxidade de poluentes no solo, é uma tecnologia efetiva, não-destrutiva, econômica e socialmente aceita para remediar os solos. Por meio de alguns estudos, pode-se constatar que o Cerrado oferece plantas nativas fazem o processo de fitorremediação, uma alternativa de baixo custo e com uso de tecnologia verde que não trás impactos ambientais.
Palavras-chave: metais pesados, fitorremediação, plantas nativas, Cerrado
E
m diversas partes do mundo, incluindo o Brasil, solos contaminados com metais tóxicos precisam ser remediados, e programas para essa finalidade incluem estratégias de mitigação da fitotoxicidade e seleção de plantas tolerantes ao excesso de metais (RIBEIRO-FILHO et al., 2001). Dentre estes podem ser citados o cádmio, chumbo, níquel, alumínio zinco, cobre, bário e manganês. Alguns dos elementos denominados metais tóxicos, em pequenas concentrações, são nutrientes essenciais ao desenvolvimento das plantas, entretanto em concentrações excessivas resultam em fitotoxidez (PAIVA et al., 2004). A toxicidade de
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metais é atribuída à sua habilidade de se ligar a enzimas, provocando sua inativação ou mesmo aumentando a atividade de algumas, resultando em alterações na sua função catalítica (VAN
ASSCHE; CLIJSTERS, 1990).
Há aproximadamente 2000 anos a.C, grandes quantidades de chumbo, atualmente conhecido como metal tóxico, eram obtidas de minérios, como subproduto da fusão da prata e isso provavelmente tenha sido o início da utilização desse metal pelo homem.
Os metais tóxicos diferem de outros agentes tóxicos porque não são sintetizados nem destruídos pelo homem, porém, a atividade industrial diminui