Estados Nacionais e Nacionalismos na América Espanhola no Século XIX
Por: José Ricardo de Oliveira
Para se entender o processo de formação dos estados nacionais na América Latina é necessário entender o contexto e as fases de transição econômica e política que se encontrava na Europa como uma forma de comparar e entender as estruturas internas que permitiram o fim de antigo sistema colonial em pleno século XIX, Claudia Wasserman fala sobre um pré-nacionalismo ainda oculto em meios as elites crioulas latino Americanas que não tinham uma ideia formada e que se limitaram aos locais onde possuíam poder político dentro do contexto das grandes transformações que ocorrem entre 1811 e 1825, sendo inevitável a comparação entre o caso europeu que constou com a ruptura do sistema feudal e o envolvimento de uma classe burguesa até se chegar na fragmentação do território Europeu para a formação dos Estados Nacionais, o mercado interno na América Latina não era tão estruturado a ponto de haver um nacionalismo envolvido, o estrangeiro oferecia lucratividade maior e garantia de estabilidade através da exportação, é evidente a aproximação das colônias espanholas pelos interesses que se estabeleciam no setor econômico, logo após as independências que teriam tomado conta do território Americano, as elites se veem com outros problemas, relacionados a definição das estrutura políticas que compõem a administração de cada estado nacional recém-configurado em um modelo semelhante ao dos Estados Unidos, além das oposições entre a elite conservadora e a reformista. Os conservadores não aceitavam um modelo primitivo de administração que deveria estar em posse dos europeus, enquanto reformistas estavam mais preocupados em manter um posicionamento centralizador capaz de estabelecer relações bem mais próximas e lucrativas com os europeus, como resultado temos um cenário formado por instabilidades econômicas, uma difícil situação diante de tantos pontos de vistas em relação ao comando e o