estado

“De que Estado nos estamos falando?
De que Direitos Sociais nós estamos falando?

(...) para entender um pouco esse tema, é preciso que a gente defina de alguma maneira a questão anterior que é exatamente a questão do Estado. (...) Que Estados nós temos? (...) o que é esse Estado? O que é essa figura? (...) às vezes parece que é uma coisa que quase natural. (...) a gente nasce o Estado já está aqui, a gente vive o Estado está ali, a gente morre e o Estado continua ali e pronto. A gente não se pergunta muito sobre o seu caráter, as suas origens, o seu papel. Mas é fundamental que a gente pense um pouco sobre isso pra poder entender porque que eu digo que existe limite na realização dos direitos sociais. Sobre tudo (...) quando nos falamos temas como, por exemplo, direito a saúde, (...) os estados do sul e sudeste concentram a maior parte das demandas por acesso a saúde de todas as suas espécies do país, veja bem, o interessante é que os estados que tem o maior IDH do país concentram o maior numero de demandas pleiteando acesso a saúde (...) os estados pobres tem menos demanda do que os estados ricos (...) pra você ir a juízo pedir alguma coisa você tem que saber que você pode pedir aquilo, então (...) um pobre (...) lá do interior do Nordeste se quer sabe que tem direito a saúde evidentemente que se lhe for negado ele não vai pedir, porque ele nem sabe que pode pedir. Já a classe media (...) ela vai pleitear, (...) a classe média vaia buscar no Estado aquilo que o Estado não dá para os pobres muitas vezes isso é um direito fundamental, um direito social, esta reconhecido na Constituição e que todos tem acesso, (...) é direito de todos e dever do Estado, mas na prática tem se observado um pouco diferente (...). Quem pleiteia mais em juízo é quem precisa menos.
A Constituição nada mais é que um projeto de sociedade, aquilo que nos queremos, e de uma sociedade que tem que fazer todo um resgate histórico (...) das desigualdades dos desequilíbrios (...) é um