ESTADO, CLASSE TRABALHADORA E POLÍTICAS SOCIAIS.

ESTADO, CLASSE TRABALHADORA E POLÍTICAS SOCIAIS.

O texto de Maria Celina D’Araujo trata sobre os acontecimentos durante o primeiro governo de Getúlio Vargas (1930-1945), mas especificamente da construção de políticas sociais decorrentes das relações entre o Estado, movimento operário e sindical em um cenário urbano-social.
Vargas ficou conhecido na história como um homem bom, de boas intenções para com os trabalhadores, concedendo os direitos a essa classe. Mas não se trata extremamente de bondade. Vargas comandou uma transição de economia rural para urbano-industrial e vinculou seu nome como um modernizador social. Também conhecido pelo seu autoritarismo político, estabelecendo a ideologia de que os conflitos sociais só poderiam ser resolvidos através e exclusivamente pelo Estado, e não com a democracia para todos.
1930 foi um ano marcante na área do trabalho, com controle e regulamentação entre a tensa relação capital e trabalho com políticas sociais. Vargas pretendia transformar o operariado numa força orgânica em função do Estado. Com a tentativa de conciliar interesses das classes, os sindicatos seria esse órgão conciliador e organizador e também um instrumento dos operários para reivindicar seus direitos. Os sindicatos, órgãos privados vinculados ao governo, foi uma forma de controlar os trabalhadores com o intuito de evitar greves e movimentos. Assim havendo uma contradição, o governo utilizava o sindicato como um instrumento de organização, ao mesmo tempo em que este servia como instrumentos dos trabalhadores para reclamações.
Os sindicatos tinham como base doutrinária o socialismo e o anarquismo, e diversas greves aconteceram no início do século XX até às décadas de 1930. Foi na passagem do século XIX para o XX que surgiram as primeiras leis sociais e sindicais. Estas beneficiaram funcionários públicos e privados e ampliando-se para o trabalho da mulher e do menor.
A Questão Social não começou a ser tratada a partir do governo de Vargas, antes de